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MITOS E VERDADES SOBRE AMAMENTAÇÃO - PARTE 2

  • Foto do escritor: E agora, mana?
    E agora, mana?
  • 13 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

Amamentar deitada causa otite no bebê? O bebê precisa arrotar sempre? Estresse pode secar o leite da mãe? Esses e outros mitos desmistificados.

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Na primeira parte deste post que você pode conferir aqui, nós discutimos 13 assuntos que são recorrentes na amamentação e que geram muita confusão entre mães lactantes. Desmistificar o assunto é muito importante para garantir que mais mulheres obtenham sucesso na amamentação.


Hoje, selecionamos mais 12 assuntos e vamos comentar sobre o que as evidências científicas podem nos dizem sobre eles.



1. BICOS ARTIFICIAIS (CHUPETA, MAMADEIRA, ETC) PODEM ATRAPALHAR A AMAMENTAÇÃO.

VERDADE. O uso de bicos artificiais nos primeiros meses do bebê (antes da consolidação da amamentação) pode causar confusão de bicos e levar a um desmame precoce [1, 2, 3].



2. AMAMENTAR DEITADA PODE CAUSAR OTITE NO BEBÊ.

MITO. Não existem evidências de relação entre amamentar deitada e otite [4,5,6]. Na verdade, a maioria dos estudos apontou um efeito protetor da amamentação na ocorrência de infecção de ouvido [7,8,9,10].


3. AMAMENTAR DURANTE A VACINAÇÃO DIMINUI A DOR DO BEBÊ.

VERDADE. Além de o leite materno conter endorfina, o ato de sucção também ajuda a aliviar a sensação de dor do bebê [11,12,13]. A OMS recomenda que as mães amamentem seus bebês durante ou logo após a vacinação [14].



4. BEBÊ QUE PASSA O TEMPO TODO NO PEITO É PORQUE NÃO ESTÁ MAMANDO SUFICIENTE.

MITO. O peito não é só alimento, mas também aconchego e segurança. A sucção não nutritiva é muito importante tanto para o conforto do bebê quanto para a consolidação da amamentação [15].



5. O BEBÊ PRECISA ARROTAR DEPOIS DE TODAS AS MAMADAS.

MITO. Bebês amamentados têm menos problemas de ingestão de ar durante a mamada e nem sempre precisam arrotar. Há, inclusive, um estudo de 2014 que concluiu que o arroto não tem relação com eventos de cólica e episódios de regurgitação e que não haveria necessidade de colocar o bebê para arrotar após as mamadas [17]. Reforçando essa informação, a Dr. Cindy Gellner, pediatra do Westridge Health Center disse em entrevista: "se você tentar arrotar seu bebê e nada acontecer, não se preocupe. Se você nunca arrota seu bebê, não precisa se preocupar. Se seu bebê está regurgitando ou tendo cólicas, arrotar pode não melhorar ou ainda piorar as coisas.” [18]



6. ESTRESSE E NERVOSISMO PODEM SECAR O LEITE MATERNO.

MITO. O estresse momentâneo pode causar problemas no reflexo de saída do leite, mas não tem a capacidade de secar o leite da mãe [19,20,21,22,23,24,25,26]. Se esse estado de nervosismo perdura por muito tempo e o bebê mama menos devido a redução da ejeção de leite, pode acontecer uma diminuição gradual da produção [19]. Nesses casos a mãe deve procurar ajuda profissional a fim de cuidar da sua saúde mental e manter a amamentação, pois é a sucção que fará com que a produção volte aos níveis normais.



7. A ALIMENTAÇÃO DA MÃE PODE CAUSAR CÓLICAS NO BEBÊ.

MITO. Apesar de existirem estudos conflitantes, a grande maioria das pesquisas não encontrou relação entre a dieta da mãe e a incidência de cólica no bebê que justificasse uma restrição alimentar da mãe [27,28,29,30,31,32] . As evidências atuais sugerem que as modificações na dieta da mãe podem reduzir as cólicas em apenas uma pequena minoria de bebês, por exemplo no caso de bebês com alergia à proteína do leite de vaca [33].



8. AMAMENTAÇÃO NOTURNA CAUSA CÁRIES.

MITO. Apesar da existência de alguns estudos que encontraram uma relação entre a amamentação prolongada no período da noite e a incidência de cáries, a grande maioria das pesquisas recentes indicam não haver potencial cariogênico no leite materno [34,35,36,37,38,39]. Existem ainda pesquisas que encontraram um efeito protetor da amamentação na incidência de cáries na primeira infância [40].



9. O LEITE PERDE VALOR NUTRICIONAL COM O TEMPO.

MITO. Apesar de mudar constantemente sua composição, o leite materno continua tendo um importante papel nutricional independente da idade da criança [41,42]. Diversos estudos demonstraram os vários benefícios da amamentação prolongada para o bebê [43,44,45].



10. A MÃE QUE AMAMENTA NÃO PODE TOMAR NENHUMA MEDICAÇÃO.

MITO. Exceto algumas raras condições de saúde, existem medicamentos compatíveis com a amamentação para a maioria das enfermidades. Existe um site chamado e-lactancia onde é possível pesquisar o composto do medicamento e descobrir se ele é compatível com a amamentação.



11. A MÃE QUE ESTÁ DOENTE DEVE SUSPENDER A AMAMENTAÇÃO.

MITO. São poucas e graves as condições de saúde que requerem a suspensão da amamentação [46,47]. No caso de algo simples como uma gripe, a mãe pode e deve amamentar a fim de transmitir anticorpos para o bebê.



12. AMAMENTAÇÃO PROLONGADA CAUSA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL NO BEBÊ?

MITO. A amamentação promove aconchego e proporciona segurança afetiva para a criança e a amamentação prolongada é recomendada pelos principais órgãos de saúde [48,49]. A dependência emocional é determinada pela forma como é estabelecido o vínculo materno-infantil o que vai além da questão da amamentação [50].

Nós também temos um outro post sobre fatos curiosos relacionado à amamentação e você pode conferir aqui, se quiser.


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