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COMPARÇÕES NA MATERNIDADE

  • Foto do escritor: Liz Andrade
    Liz Andrade
  • 26 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

Não se ater às comparações com outras mães é essencial para nossa saúde mental e também para o vínculo que queremos construir com nossos filhos.

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Sabe aquela frase "não existe a melhor maneira de ser mãe, mas existe um milhão de maneiras de ser uma boa mãe"?


Uma das coisas que aprendi é: não se compare às outras mães e outras formas de maternar. Isso é essencial para nossa saúde mental e também para o vínculo que queremos construir com nossos filhos.


No inconsciente da nossa sociedade ainda impera o conceito de que a mãe é essa pessoa incondicional que nunca vai falhar. Uma pessoa capaz de renunciar a tudo pelo bem da família, que sempre espera com paciência e tem sempre uma palavra de apoio. Já parou para pensar no que lhe vem em mente quando pensamos na frase "ser mãe"?


Eu imagino que palavras do tipo: amor incondicional, abnegação, dedicação, carinho, entrega etc. No entanto, essa visão é de quando as mulheres eram educadas para não ter outra ambição a mais do que ser esposa e mãe, que se dedicavam apenas à família e ao lar.


Mas os tempos mudaram, não é mesmo? Essas mudanças acarretaram novos modelos, exigências e expectativas ainda mais altas em relação à maternidade. Assumimos novas funções, atribuições, trabalho, mas não nos desligamos desses conceitos de antigamente. Com isso, muitas de nós acreditamos que somos péssimas mães por não cumprir nossas expectativas ou as expectativas sociais.


Vamos nos libertar desses conceitos parando de nos comparar a outras mães? As mães acabam sofrendo mais do que deveriam quando tentam ser perfeitas, pois suas expectativas acabam sendo frustradas.


Quem nunca se sentiu frustrada ao ver aquela mãe que conseguiu amamentar até dois anos ou mais; aquela que o filho dorme a noite toda desde três meses; aquela mãe super prendada que faz maravilhosas guloseimas ou aquela que conseguiu não dar doce pro filho até os dois anos, pelo menos; aquela que faz todas as atividades escolares com os filhos durante a quarentena e ainda consegue trabalhar home-office (será que alguém consegue isso?). Quando a gente olha para nossa vida, está tudo tão longe desses padrões de perfeição.


Pois é, mas será que no fim das contas, existe mãe perfeita? Maternidade perfeita? Afinal, não podemos controlar tudo e não damos conta de tudo. E quer saber de uma coisa, está tudo bem não dar conta de tudo.


Donald Winnicott afirma que a mãe SUFICIENTEMENTE BOA, é aquela que promove cuidado, amor, carinho, aquela que supre as necessidades do bebê, aquela que esquece até de si no início em função do bebê, mas que está longe, bem longe de ser perfeita. Inclusive aponta ainda que os palpites e orientações externas não são mais importantes do que a intuição e sensibilidade da mãe.


Sim mamãe, siga sua intuição. Você mais do que ninguém sabe sobre seu filho e cair nessa conversa de maternidade perfeita é uma fria, pois cada um é singular. Seja a melhor mãe que você puder ser e com certeza será uma mãe “perfeita”. Cada um tem sua realidade e cada um sabe de seus limites e conflitos. Estar bem mentalmente é essencial para exercer a maternidade. Por isso, não se cobre tanto. Se concentre na qualidade das relações e no vínculo com seus filhos.


Está tudo bem se hoje você perdeu a paciência, acabou gritando, se sente cansada, não conseguiu ir ao mercado, arrumar a casa ou fazer o jantar. Está tudo bem! Todos nós temos dias bons e ruins e nem tudo que é postado nos feeds do Instagram ou no YouTube condiz com a realidade. E pasmem, a vida real não cabe num feed do instagram.


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